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sexta-feira, maio 17, 2024

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12 Sambas contra o racismo pra sambar e bater na palma da mão

O samba se tornou um "Hino" de resistência e celebração da cultura afro-brasileira e de combate ao racismo

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O samba, além de ser uma manifestação cultural genuinamente brasileira, tem desempenhado um papel fundamental na luta contra o racismo ao longo dos anos. Por meio de suas melodias contagiantes e letras que ecoam a vivência e as demandas da comunidade negra, o samba se tornou um “Hino” de resistência e celebração da cultura afro-brasileira.

Nesta lista, reunimos uma seleção de sambas poderosos, que nos convidam a refletir, dialogar e, acima de tudo, a conscientizar-nos sobre a importância de combater o racismo.


Prepare-se para uma viagem musical que nos leva a explorar as profundezas desse ritmo contagiante, enquanto fortalecemos nossa luta pela igualdade racial. Aqui estão alguns dos mais notáveis sambas contra o racismo que nos inspiram e nos unem em prol de um futuro mais justo e inclusivo.

Poder é Pele Preta – Arruda, Jorge Aragão
Um dos melhores sambas da atualidade porém pouco difundido.
O grupo gravou essa linda canção com Jorge Aragão que representa demais né gente.


Sorriso Negro – Dona Ivone
Dona Ivone Lara foi a primeira mulher a ter um samba-enredo cantado na avenida no Brasil. Como se não bastasse, mulher negra, pobre, imersa em reduto machista e de preconceitos. “Sorriso Negro” foi um presente dos amigos Jorge Portela e Adilson Barbado para gravar no álbum da cantora de 1981, que recebeu este título. Um samba emblemático de combate ao racismo, que tem entre seus versos: “Negro é a raiz da liberdade”. A música foi regravada pelo grupo “Fundo de Quintal” e por Mart’nália.


Preto pode ter o mesmo que você – Moacyr luz e o samba do trabalhador
Uma critica ao preconceito, muito bem humorada embala esse samba de Moacyr Luz e que incendeia o samba do trabalhador quando toca. “Estranhou o quê? Preto pode ter o mesmo que você”


O Canto dos Escravos (1928) – Clementina de Jesus, Geraldo Filme e Doca da Portela
O disco “O Canto dos Escravos” remonta a pesquisa empreendida por Aires da Mata Machado Filho na Chapada Diamantina no ano de 1928, quando recolheu “cantigas populares em língua africana ouvidas outrora nos serviços de mineração”. Segundo ele próprio, foi através de “notas apressadas” que este tesouro da história nacional tomou forma e corpo, 53 anos depois, através das vozes de Clementina de Jesus, do sambista paulistano Geraldo Filme e do carioca Doca da Portela, trio extremamente engajado com as causas negras e o combate ao racismo no Brasil.


Festa de Caboclo (samba, 2001) – Martinho da Vila
Martinho da Vila sempre inspirado e comprometido com suas raízes, o segundo compositor mais famoso de Vila Isabel sempre aliou o humor às suas críticas sociais, como no exemplo de “Pequeno Burguês” que, sem se dirigir diretamente ao negro, mostra a triste situação do pobre no país, que invariavelmente possui a cor dos escravos que, segundo Joaquim Nabuco, ainda determinam nossa característica nacional. “Festa de Caboclo” é celebrada no terreiro de Martinho da Vila, que estende a todos o convite, sem distinção de gênero, cor, ou classe.


O Canto das Três Raças – Clara Nunes
Certamente um clássico sem igual que passa por gerações, a canção levou o nome do disco de Clara e foi lançado em 1976 fazendo grande sucesso no país.


Tributo a Martin Luther King (sambalanço, 1967) – Wilson Simonal e Ronaldo Bôscoli
Luther King Jr. foi um líder dos direitos civis nos Estados Unidos durante a década de 1950 e 1960. Ele liderou várias campanhas nacionais de desegregação e foi um defensor da igualdade racial e dos direitos dos afro-americanos. A primeira apresentação da canção foi durante a temporada do show, antes mesmo de ser registrada em estúdio. Após a gravação da canção, entretanto, ela ficou retida por quatro meses na censura da Ditadura Militar.

Simonal resolveu cantar Tributo a Martin Luther King, que nem havia sido liberada pela censura ainda, para surpresa geral. Em pleno horário nobre e em cadeia nacional, o artista fez ainda um discurso impactante, emocionante e necessário.


Brasil Mestiço, Santuário da Fé (samba, 1980) – Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte por Clara Nunes
Clara Nunes, foi, sem dúvida alguma, a principal voz do sincretismo religioso no Brasil. Ao aderir à umbanda e ao candomblé, cravou sua marca no nosso samba já de tantas intérpretes e interpretações. Além dos adereços, das danças, e do cabelo, Clara se portava como uma autêntica filha da influência africana no país. Interpretava as músicas com esse sentimento. O samba “Brasil Mestiço, Santuário da Fé”, composição feita especialmente para ela pelo marido Paulo César Pinheiro e o parceiro Mauro Duarte em 1980, comprova essa tese.


Negro é Lindo (samba-rock, 1971) – Jorge Benjor
“Eu quis mostrar isso nas minhas músicas: que o negro, além de tudo, é simpático, inteligente, livre e bonito. Lindo.” Jorge Ben


Vidas negras importam – Arlindinho
Arlindinho Cruz lançou recentemente um lindo samba, que é o primeiro single do seu DVD “Meu Lugar”.


Vidas negras importam – Martinho da vila
Em parceria com Noca da Portela, Martinho dá um tapa de amor nos racistas. A letra, nascida do movimento Black Lives Matter, passa uma poderosa mensagem contra o racismo e o preconceito, na reflexão dos autores: “O mal que nos divide”.


Identidade – Jorge Aragão
Um verdadeiro clássico do samba e eleito um dos sambas que não podem faltar na roda de samba. Jorge Aragão faz um recorte para ser mais incisivo ao diagnosticar costumes tristemente enraizados em nossa sociedade. O samba lançado em 1999 discorre também sobre frases de preconceito racial históricas no Brasil, dentre elas a do tal “preto de alma branca”.

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