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quarta-feira, abril 24, 2024

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Samba: Remédio contra o preconceito

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samba-remedio-preconceitoUma palavra feia que revela uma atitude de gente pobre de espírito: preconceito racial.  Este mal infelizmente está presente no Brasil, apesar da grande maioria da população ter sangue zulu nas veias. Porém, o racismo vem sendo nocauteado pelo Samba que cada vez mais, desperta a valorização das raízes afros, da originalidade brasileira!

Uma volta pelas rodas de samba do Rio de Janeiro, revela que as mulheres dispensaram a chapinha, os homens abriram mão do cabelo raspadinho para exibir com orgulho seu estilo autenticamente negro da cabeça aos pés! Este movimento de assumir a própria  autenticidade iniciado nas rodas de samba do subúrbio carioca,  torna-se cada vez maior em todo país à medida que mulheres, homens e crianças fazem questão de exibir o seu estilo Negro afro-brasileiro: Cabelos  para cima, tranças, rastas, turbantes dão um toque todo especial à genuína beleza do nosso país.

Gabrieli admite que o samba a ajudou a ser mais autêntica:

“Eu sempre usei o cabelo assim. Meus pais sempre gostaram de Black, de samba, tudo acabou se encaixando! Com certeza a cultura do samba me deu esta segurança, eu me senti em casa.” 

A consultora de moda Pamela de 19 anos também revela: “Eu fui criada em família de sambistas, em escolas de samba, no meio de tudo e  a cultura do samba nos ajuda muito a mostrar quem nós somos: se eu sou negra, eu sou o samba, eu sou o Black e devo me assumir assim, original como sou.”

O resultado, não poderia ser melhor: Eu me sinto privilegiada por ter cortado a química da minha vida. Agora eu sou diferente, sou original e todo mundo olha e eu me sinto ótima!” afirma Larissa Neves que a um ano resolveu usar seu cabelo naturalmente assim como a Cris Monteiro:  “Não sou mais escrava da chapinha. Eu nasci com cabelo crespo, Deus me fez assim, eu vou ser assim!” Para  Stefani Serafim, aquela velha história que mulher bonita tem que ter o cabelo “lisinho” mesmo que seja a custo de produtos químicos e chapinha, ficou pra trás: “Eu sou apaixonada pelo meu cabelo, não troco o meu estilo por nada. Isso aqui é meu! Eu cultivei e pretendo continuar assim!”.

Engana-se quem pensa que elas estão menos felizes:  aumentaram sua auto estima,  passaram a sentir orgulho de si como diz a  modelo Anastácia Gabriel: “Até os meus 14 anos eu usava o cabelo alisado. Trabalhando como modelo e um dia pediram para eu ir buscar a minha identidade. Eu fui descobrir o que era o molde do meu rosto, a minha identidade, no cabelo Black. O samba de raiz influencia muito e faz com que a gente queira mostrar realmente o que nós somos e assumir a nossa identidade.”

Assim, o nosso bom e velho samba, ajuda estas e outras mulheres a não se curvarem perante o preconceito e a se sentirem mais seguras,  mais livres, vencendo preconceitos, como fez Bianca: “O meu cabelo é a minha personalidade, ele passa o que eu sou. Eu sofro muito preconceito por usar o cabelo assim, inclusive no trabalho, tem muita gente que não aceita, mas é a minha personalidade, faz parte de mim e eu não abro mão disso. É o que simboliza a nossa cultura negra e tem que ser cada vez mais valorizado.”

Para o  editor Edpo “ A moda Black é a afirmação da nossa Negritude. As mulheres que assumem o Black além de afirmar mais a cor da sua pele, ficam mais bonitas e mais originais”. 

Quem é do samba tem orgulho de suas raízes, de sua cor, de sua afro descendência. O músico Leonardo revela: “ o fato de tocar samba,  me levaram a assumir o estilo que passou a fazer parte de mim.” 

Assim, o samba  que surgiu das rodas dos escravos negros e se tornou o ritmo original do Brasil,  continua incentivando o seu povo a encher o peito de orgulho e aclamar  em alto e bom som: Olha! Eu sou da pele negra, Graças a Deus!

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