Rio de Janeiro — O samba perdeu hoje uma das suas vozes mais verdadeiras. Arlindo Cruz, cantor, compositor, instrumentista e autor de sambas que já se tornaram hinos de roda e pagode, morreu aos 66 anos, conforme comunicado da família nas redes sociais. A informação foi divulgada pela esposa e repercutida pela grande imprensa.
A dimensão do artista: por que Arlindo Cruz importava tanto para o samba
Arlindo Cruz não foi só um intérprete: foi um formador de escola dentro do samba e do pagode moderno. Com composições que atravessaram gerações — sucessos que rodaram rádios, festas e rodas de samba — ele ajudou a consolidar a estética do pagode dos anos 90 e 2000 sem perder a raiz do samba de raiz. Como instrumentista e arranjador, tomou parte ativa em projetos coletivos (grupos, parcerias e homenagens a escolas de samba) e incentivou a renovação do gênero ao dialogar com nomes novos e veteranos. Sua obra influencia músicos e percussionistas até hoje, e várias composições viraram clássicos em shows e rodas pelo país.
Vida e obra em poucas notas
Nascido e criado no Rio de Janeiro, Arlindo construiu carreira sólida como compositor e intérprete — com participação ativa em grupos e em trabalhos solo que marcaram o repertório do samba. Entre sua produção estão canções que se tornaram referências do gênero e parcerias com nomes importantes do cenário musical brasileiro. Além das composições, Arlindo era presença constante em rodas, gravações e homenagens que reforçavam sua ligação com a cultura do samba carioca.
A doença e a longa luta: AVC, sequelas e internações
Em 2017 Arlindo sofreu um AVC que mudou sua vida e sua carreira: desde então, o artista conviveu com sequelas que exigiram tratamento contínuo, intervenções e períodos de internação. Nas últimas semanas ele vinha novamente hospitalizado, em estado delicado, e enfrentava complicações decorrentes das sequelas e de infecções associadas ao quadro clínico — realidade que o afastou dos palcos por anos. Essas informações sobre as sequelas do AVC e o histórico de internamentos têm sido amplamente relatadas na cobertura sobre sua saúde.
Como aconteceu: a internação e o anúncio da morte
A confirmação pública da morte partiu da família e foi compartilhada nas redes sociais — de onde a notícia se espalhou rapidamente para portais, emissoras e perfis ligados ao mundo da música. Jornais e sites de grande circulação repercutiram a perda com notas de pesar e relatos sobre a trajetória e o período em que Arlindo esteve afastado dos palcos.
O legado que fica
Arlindo Cruz deixa uma obra que continuará sendo tocada em rodas, em shows, em playlists e nos corações de quem vive samba. Além das músicas, fica o exemplo de um artista que se firmou pela resistência, pela comunidade e pela alegria que o gênero sempre promoveu. Filhos músicos, parceiros e uma legião de fãs prometem manter vivo o canto que ele construiu — e que continuará a inspirar futuras gerações.
O que esperar nas próximas horas
É provável que surjam comunicados oficiais da família com informações sobre velório, homenagens e eventuais cerimônias públicas. Também é esperado que rodas de samba e artistas parceiras organizem homenagens espontâneas (e programadas) para celebrar a obra de Arlindo. Recomendamos acompanhar os canais oficiais da família e veículos confiáveis para os detalhes sobre despedida e homenagens.
