Desde o início de junho, o inusitado carnaval de Brasília com desfile das Escolas de Samba em pleno dia de São João, em concorrência direta com as festas juninas, vem levantando debates.
No último domingo (25), a apuração do desfile acirrou os ânimos em torno do resultado do grupo de acesso:
É que, conforme publicou a reportagem do Jornal Metrópole o presidente do instituto que organizou o carnaval (ICPEC) também é sócio-fundador da Escola de Samba Unidos de Vicente Pires (GRUVIPI).
Inclusive, durante a apuração, Luciano Pontes Garcia, mais conhecido como Luciano Ibiapina, acompanhou a apuração na mesa da GRUVIPI que foi declarada campeã do grupo de acesso.
Entenda a polêmica:
Insatisfação nos bastidores
Além da questão que envolve a relação entre o organizador do evento e a Escola declarada campeã do grupo de acesso no carnaval de Brasília, outra polêmica gerava insatisfação entre as agremiações.
Enquanto as outras Escolas de Samba batalhavam para preencher as alas com pessoas da comunidade, muitas já comprometidas com os festejos juninos, a Escola de Samba Gruvipi, cujo sócio-fundador era o mesmo da OSC organizadora do evento, introduziu no desfile como se fossem parte daquela comunidade, personalidades conhecidas do Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo:
O conhecido intérprete Wantuir Oliveira, a rainha do Carnaval de São Paulo 2023 Rhawane Juliana com destaque no alto do Carro Alegórico, a rainha de bateria Clara Cryst Paixão com passagens por várias escolas de samba do Rio de Janeiro e o badalado casal de mestre sala e porta-bandeira Sidclei e Marcella Alves, da Escola de Samba Salgueiro.
Mas, algo deu errado.
Porta Bandeira cai em frente a cabine dos jurados
Sidclei e Marcella Alves, entraram na avenida para desfilar pela GRUVIPI com uma fantasia luxuosa com o vermelho vivo do Salgueiro e a segurança de quem tem anos de experiência.
Mas, por ironia do destino, no momento em que se apresentavam em frente a cabine dos jurados, a experiência e postura de Marcella Alves foi literalmente ao chão:
A porta bandeira caiu na avenida, em frente a banca julgadora.
O resultado polêmico
No último domingo (25), foi feita a apuração das notas do desfile tanto do grupo especial, sendo a Acadêmicos da Asa Norte declarada campeã, e também das notas do Grupo de Acesso.
No caso do Grupo de Acesso, a Escola Campeã passaria a compor o grupo especial, dobrando a verba para o desfile do próximo ano.
Todas as comunidades estavam reunidas cada um com a sua torcida.
Nos últimos quesitos, Unidos do Varjão, Capela Imperal de Taguatinga e a Escola GRUVIPI estavam na liderança.
Porém, as notas justamente do quesito Mestre Sala e Porta Bandeira foi usada como critério de desempate entre a Capela Imperal e a GRUVIPI.
Apesar da queda em frente a banda julgadora e de outras infrações registradas na própria ata de julgamento (abaixo), o casal Sidclei e Marcella Alves levaram nota 9.8

Entretanto, o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da Capela Imperial, Lucas Rosa e Érica Silva, ficou com nota 9.4, sendo a GRUVIPI declarada Campeã do Carnaval de Brasília (grupo de acesso).
O resultado gerou revolta das comunidades das outras agremiações do grupo de Acesso, que protestaram após o anúncio.
Luciano Ibiapina presidente do ICEPEC organizador do Desfile e “sócio-fundador” da Escola de Samba GRUVIPI, levantou o troféu sob vaias e gritos de “foi comprado” e “vai ter recurso”.
Recurso negado
Segundo a comunidade, a Capela Imperial recorreu do resultado junto a União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do Distrito Federal (UNIESBE) mas, o recurso foi inicialmente negado.
A imprensa noticiou amplamente que o total de R$ 7 milhões para organização do “carnaval fora de época” foi dividido entre o ICEPEC (cerca de R$ 3 milhões) e a UNIESBE que recebeu cerca de R$ 4 milhões.
Enquanto isso, todo o circuito junino do Distrito Federal, recebeu R$ 2,8 milhões para as festas juninas, o que também provocou indignação da população pois, somente o ICEPEC recebeu mais verba que todo o espetáculo junino.
Conforme reportagem do Jornal Metrópole, apesar de dividirem as responsabilidades pela organização do evento, ficou a cargo do ICEPEC a seleção, contratação e pagamento de cachês, diárias de alimentação, transporte e hospedagem dos jurados em hotel de excelência, o que restou comprovado com a divulgação pela reportagem, do Plano de Trabalho disponível no Portal da Transparência da Secretaria de Cultura do Distrito Federal.
Achei a matéria super bem feita, muito mal feita são as regras dessa liga, na verdade já pra dar duplo entendimento, fato é que uma porta-bandeira que cai, não merecia ganhar, todos sabem, todos assistimos desfiles no Rio, ainda mais pela disputa acirrada como as de escolas de samba, é gravíssimo e outra a capela tem comunidade, cantavam com vontade, tava linda, vibrando, parece que depois ajeitaram pra ela ser campeã tb, mas então a de Vicente Pires tinha que ficar com 2 lugar né! que bagunça, pior carnaval
Vcs q so sabem criticar deveriam ler o regulamento antes de ficar fl besteira, estou sendo delicada.
Informamos que conforme artigo 37* do regulamento do carnaval todos as agremiações teriam prazo de 24 horas após abertura dos envelopes para entram com recurso informamos que nenhuma agremiação impetrou recurso dentro do prazo legal.
Se estivesse algima coisa errada o Ministério Público ja teria interferido, por esse motivo foi adiado o desfile do dia 21/05 para dia 23,24 e 25 de Junho, caso vcs não saibam, antes do evento ser realizado fpi ficarlizado pelo Ministério Público