Carnaval de Salvador é do povo sim “sinhô”!
No ano em quem o axé, completa se 35º aniversário, o tom da festa eclética, gratuita, do povo mesmo, tomou conta das ruas de Salvador no carnaval 2020.
Há alguns anos, as coisas começaram a mudar: muitos blocos que condicionavam a participação na festa à compra de um abadá com preços não tão convidativos, resolveram baixar suas cordas para fazer uma festa mais eclética.
Os espaços fechados por cordas e cordeiros estão se tornando cada vez menores.
Artistas como Daniela Mercury, Saulo Fernandes e Ivete Sangalo, encabeçaram este movimento realizando shows para o público da pipoca, que é como são conhecidos os foliões que vão atrás do trio fora do limite das cordas ou seja, aqueles que não tem grana para comprar um abadá ou que não se dispõem a pagar pelo seu preço.
A festa ficou muito maior, mais democrática e os blocos de abadás agora estão bem restritos. Na verdade, a maioria percebeu que dá para brincar o carnaval sem o abadá, como um verdadeiro “pipoqueiro”!
Quem quer, ainda pode ainda desembolsar um grana boa para comprar um abadá para ficar dentro das cordas, ou para ter acesso aos camarotes, geralmente frequentados por atores, atrizes, jogadores de futebol: são áreas “vip” com shows a parte, buffet e bebidas.
Mas aquela crença que o carnaval de Salvador só é bom para quem tem um abadá e está dentro do limite das cordas, caiu por terra: O carnaval de Salvador hoje, é da pipoca para alegria dos foliões.