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quinta-feira, março 28, 2024

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“Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho”, documentário traz registros inéditos da madrinha do samba

O longa sobre a vida de Beth Carvalho chega aos cinemas no dia 2 de fevereiro.

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“Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho”, dirigido por Pedro Bronz, teve sua primeira exibição em outubro do ano passado, no Festival do Rio, em uma sessão seguida da roda de Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador. Depois de lotar o Cine Odeon, o longa também foi selecionado para a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e conquistou o prêmio de Melhor Filme pelo júri popular no 17º Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro (João Pessoa, PB). Já esse mês, no dia 18 de janeiro, o filme também participou de um evento comemorativo para o aniversário do Cacique de Ramos. O berço do samba virou cinema por um dia em uma “pré-estreia afetiva”. Ao final da sessão, a equipe e os convidados se reuniram em torno de uma roda de samba que relembrava os sucessos de Beth.

Nos preparativos finais antes da estreia, o filme entra na programação da 26a Mostra de Cinema de Tiradentes no dia 27 de janeiro (sexta-feira), às 21h30, no Cine-Praça. O documentário vai concorrer ao Júri Popular pela Mostra Praça. Estarão presentes o diretor Pedro Bronz, o produtor Leonardo Ribeiro e Luana Carvalho, filha de Beth e produtora associada do filme. Além da direção, Bronz também assina o roteiro, ao lado de Leonardo Bruno – jornalista, escritor e autor de diversos livros sobre a história do samba, incluindo seu último lançamento, “Beth Carvalho: De pé no chão” (Editora Cobogó). Produzido e distribuído pela TvZero, em coprodução com a Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil, o documentário sobre a madrinha do samba chega aos cinemas no dia 2 de fevereiro.

Criada na zona sul do Rio de Janeiro em uma família de classe média, Elizabeth Santos Leal de Carvalho iniciou sua trajetória musical na Bossa Nova. Com o tempo, Beth percebeu que aquela bolha elitista não condizia mais com suas ideias e interesses. Assim, tomando como suas principais referências Clementina de Jesus e Elizeth Cardoso – cantoras para quem dedicou seu primeiro álbum de samba (“Canto Por um Novo Dia”) – Beth se entregou aos ritmos da periferia, mudando o curso de sua carreira e, mais do que isso, do futuro de todo um gênero musical.

Até seus últimos momentos, Beth se dedicou a fazer registros audiovisuais de todos os grandes sambistas que passaram por seu caminho. Nelson Cavaquinho, Cartola, Almir Guineto, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Luiz Carlos da Vila, entre outros tantos nomes de diferentes gerações, tiveram suas composições registradas, estudadas e gravadas na voz da cantora. Foi assim que a intérprete usou seus privilégios para tirar do anonimato diversos gigantes da música brasileira e, assim, levou o samba do morro aos estúdios de gravação. Entre seus muitos sucessos, estão: “Folhas Secas” (composição de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), “Vou Festejar”(Jorge Aragão, Dida e Neoci) e “Coisinha do Pai” (Almir Guineto, Jorge Aragão e Luiz Carlos da Vila).

Pouco antes da morte da cantora, o cineasta Pedro Bronz propôs à Beth que seu valioso acervo fosse transformado em documentário. Com o aval imediato da madrinha do samba, a equipe começou um trabalho minucioso de restauração do material. No total, 800 fitas VHS foram abertas, limpas e redigitalizadas. Cerca de 2 mil horas de memórias em formato de vídeo passaram por uma difícil curadoria até caberem em um longa-metragem de duas horas, “Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho”, com o roteiro de Leonardo Bruno e Pedro Bronz, que também dirigiu o filme. Sem contar, é claro, com a grande idealizadora do projeto, Beth Carvalho.

“Quem escreveu esse filme foi a própria Beth Carvalho”. Disse Leonardo Bruno, roteirista

Sinopse 

Beth Carvalho, a “Madrinha do Samba”, foi uma das maiores sambistas do Brasil, ajudou a revelar grandes nomes e a revitalizar o gênero musical. Seus outros talentos e sua sensível capacidade de percepção da realidade que a cercava fez com que ela própria documentasse os ilustres encontros ao longo dos 53 anos de palcos e pagode. As imagens do documentário são parte desse vasto acervo nas mais diferentes mídias: super-8, vh-s, mini-dv, k7 e fotos. O filme se debruça sobre esse material de Beth Carvalho para traçar um recorte único, íntimo da carreira e da vida dessa singular figura da cultura nacional.

Ficha técnica 

Direção e Montagem: Pedro Bronz

Produção: Roberto Berliner e Leo Ribeiro

Produção Executiva: Leo Ribeiro, Sabrina Garcia e Anna Julia Werneck

Roteiro: Pedro Bronz e Leonardo Bruno

Coordenação Executiva: Fernanda Calábria

Coordenação de Pós-produção: Nat Mizher e Cel Mattos

Mixagem: Denilson Campos

Coloristas: Hebert Marmo e Anuar Marmo

Assistente de Edição: Mel Cunha

Produção: TvZero  

Coprodução: Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil

Distribuição: TvZero

Produtora associada: Cineclube Pela Madrugada e Luana Carvalho

Patrocínio: Antarctica

Incentivo: Governo do Estado do Rio de Janeiro/ Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Classificação: Livre

Pedro Bronz – Direção e Roteiro

Diretor e montador de cinema e TV, trabalha com audiovisual desde 1993 passando por todas as fases de realização de um filme: montador, produtor, fotógrafo, roteirista e diretor. Começou sua carreira como assistente de edição de importantes montadores e fez parte da primeira geração de operadores de AVID em 1995. Posteriormente, começou a editar e dirigir, buscando sempre trabalhar com diferentes linguagens e em diversas produtoras de vídeo e emissoras de TV. Tem experiência com filmes de ficção, documentários, programas de tv, videoclipes, comerciais e institucionais.

Leonardo Bruno – Roteiro  

Leonardo Bruno é jornalista, escritor e roteirista. É autor de seis livros, entre eles “Canto de rainhas” (2021), “Zeca Pagodinho — Deixa o samba me levar” (2014), “Explode, coração — Histórias do Salgueiro” (2013), “Cartas para Noel — Histórias da Vila Isabel” (2015) e “Três poetas do samba-enredo” (2021). Seu último lançamento, “Beth Carvalho: De pé no chão”, faz parte da coleção “O Livro do Disco”, da Editora Cobogó. Na TV, assinou direção e roteiro da série documental “O samba me criou”. É jurado do prêmio Estandarte de Ouro e comentarista de carnaval da TV Globo.

TvZERO – Produção e distribuição

A TvZERO foi fundada em 1991 com objetivo de contar histórias de relevância artística, social e cultural, através de projetos audiovisuais, apostando na renovação da linguagem audiovisual, na qualidade técnica e no sucesso comercial. Tudo isso num ambiente de trabalho solidário, inspirador e comprometido com o bem-estar de seus colaboradores.

Ao longo dos seus 30 anos de atividade, produziu 30 longas-metragens, dos quais se destacam “Benzinho” (2018), com première em Sundance e grande vencedor no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; “Gabriel e a Montanha” (2017), vencedor de dois prêmios na Semana da Crítica no Festival de Cannes; “Nise – O Coração da Loucura” (2015), vencedor do prêmio de Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Tóquio; “Bruna Surfistinha” (2012); os documentários “Meu Nome é Daniel” (2019), com première no IDFA; “Os Quatro Paralamas” (2020); “A Farra do Circo” (2014), “Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei” (2008) e “A Pessoa é para o que nasce” (2005). Juntos, levaram mais de 2,7 milhões de espectadores aos cinemas só no Brasil, tendo sido comercializados para vários países e com exibições em mais de 200 festivais, onde acumulam vários prêmios.

Na TV, a produtora também se destaca com as quatro temporadas de “#MeChamaDeBruna”, coproduzida pela Fox Premium e vendida para 13 países; as séries documentais “Eu Sou Assim”, indicada ao Emmy Internacional em 2018 e “Histórias de Adoção”, exibidas no GNT; além de diversos programas e filmes para canais como Canal Curta! Canal Brasil, Multishow, SBT, History Channel, A&E Entertainment, TV Cultura, dentre outros.

Em 2021, lançou o documentário “Boa Noite”, de Clarice Saliby, a coprodução do longa documental “Dois Tempos”, de Pablo Francischelli e o longa de ficção “Um Casal Inseparável” de Sergio Goldenberg que estreou no Canal Telecine. Em 2022, exibiu “Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho” no Festival do Rio, Mostra de São Paulo e Festival Aruanda, onde ganhou o prêmio de melhor filme pelo júri popular e “Fausto Fawcett na Cabeça”, que ganhou os prêmios de Melhor longa, melhor ator/personagem e Troféu Abracine. Também possui uma carteira ampla e heterogênea de projetos em desenvolvimento e em produção.

Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil – Coprodutoras   

A Globo Filmes, a GloboNews e o Canal Brasil assinam, juntos, a coprodução de diversos documentários, que transitam pelos mais diversos assuntos relacionados à cultura brasileira e que apresentam olhares únicos sobre personagens, épocas e fatos da nossa história. A parceria pretende fomentar a produção, a exibição e a divulgação de filmes do gênero, que ainda tem pouca visibilidade no mercado brasileiro, mas representa muito mais do que uma fonte de entretenimento: é essencial para a preservação da memória de uma nação.  

Juntos, Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil já investiram em mais de 40 documentários, entre eles “Libelu – Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (vencedor do É Tudo Verdade de 2020); “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz (premiado como melhor documentário sobre cinema da Venice Classics, mostra paralela do 76º Festival de Veneza em 2019); “Cine Marrocos”, de Ricardo Calil (vencedor do É Tudo Verdade 2019); “Barretão”, de Marcelo Santiago; “Henfil”, de Ângela Zoé (vencedor do Cine PE de 2018); “Menino 23”, de Belisário Franca (melhor doc do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2017); “Tá Rindo de Quê”, de Claudio Manoel, Álvaro Campos e Alê Braga; “Fevereiros”, de  Marcio Debellian; “Mussum – Um Filme do Cacildis”, de Susanna Lira; “Setenta”, de Emília Silveira (melhor doc da Mostra São Paulo de 2014).

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